segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Um dia inteiro para regressar

Saímos do hotel não excessivamente cedo, apanhámos o autocarro para o aeroporto.

Estranhamente entrámos sem passar em detector de metais ou raio X. À entrada para o check in (balizada por umas fitas de pano) fizeram-nos então o inquérito mais extenso de toda a viagem (tem lógica, agora que tinhamos tido oportunidade de fazer tudo o que nos tinha apetecido e iamos para casa, podia ser que nos prendessem em Israel, em vez de nos deixarem voltar para de onde tinhamos vindo!!!!!):
De onde são, Em que dia chegaram, Há quanto tempo estão em Israel, Estiveram sempre juntos, Conhecem alguém em Israel, Conheceram alguém em Israel, Alguém vos deu algum presente, Alguém vos pediu para transportar alguma coisa, Onde estiveram em Israel, Qual é o vosso tipo de relação, Vivem juntos, Há quanto tempo se conhecem, Confiam um no outro, Foram voces que empacotaram a vossa mala? Já não me lembro que mais perguntas fizeram. Desapareceram com os nossos passaportes na mão, voltaram, lá nos deixaram passar.

E foi aqui que eu achei estranho. Depois de todas as medidas de segurança possíveis e imaginárias pelas quais já tinhamos passado toda a semana, metem-nos apenas a bagagem de porão no raio X. Colaram uma etiqueta, que nem sequer foi no fecho, a dizer que está OK. Eu passo sem ser revistada, assim como a minha bagagem de mão. Andámos uns metros num grande átrio. Nada me impedia de ter metido mais umas coisas na bagagem de porão antes de chegar ao balcão de check in. Só as câmaras é que iam poder filmar. Nada me impedia de levar uma bomba na mala de mão. Ninguém ia desconfiar de uma portuguesa bem comportada que pusesse um embrulho num dos bolsos da mochila, para ir no porão, pois não? Ninguém teria tempo. Lá foi a minha bagagem de porão por um elevador da bagagem fora de formato (é no que dá viajar de mochila). Sem bombas, mas podia bem tê-las. A revista à bagagem de mão e detector de metais foi só depois. Reparei que aquelas medidas de segurança dos líquidos não se aplicam por lá. Também não sei porque se aplicam por cá. Mas antes disso ainda gastámos os nossos últimos NYS numa pita gigante e a mandar 18 postais.

O voo foi na El Al e correu muito bem. Boa comida (comparada com a da Ibéria qualquer coisa é boa!) e 5, 5 horas dois chegámos a Madrid. Já só faltava 1 hora à espera do outro avião e mais 1 hora até Lisboa. O carro estava no sítio, a casa também e o gato cheio de saudades!

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