segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Jerusalém no sétimo dia












Jerusalém (http://en.wikipedia.org/wiki/Jerusalem) é a capital de Israel, para meu espanto e de muitas pessoas a quem eu disse isso.

A presença militar é massiva, estando eles armados até aos dentes com armas de guerra e coletes anti-bala, mais ou menos 2 ou 3 por cada esquina afastada de 10 metros em toda a cidade antiga.

Em Jerusalém começamos as várias horas a andar a pé com a ida à igreja onde supostamente Jesus foi crucificado, morreu e ressuscitou (http://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_the_Holy_Sepulchre). Há mais locais possíveis, alguns que têm a ver com a história da ressurreição e outros com a história só da existência de Jesus, uns em Jerusalém e arredores, outros nem por isso (http://en.wikipedia.org/wiki/Tomb_of_Jesus). Parecia uma feira! Um monte de gente aos gritos, a beijar tudo o que encontrava, a berrar pela amiga que se perdeu do grupo, os guias a tentar fazer-se ouvir enquanto explicavam a história do sítio e nada de mística. Até tractores entravam dentro da igreja pela sua porta principal!
Então esta igreja têm as útlimas 5 estações da Via Dolorosa (http://en.wikipedia.org/wiki/Via_Dolorosa). Havia gente a acender velas só para as apagar a seguir e poder oferecer aos amigos uma vela acesa na chama sagrada do sagrado sepulcro. Esperava-se um monte de tempo para se poder ir dentro de uma espécie de cripta, mas como sempre, lá dentro também tudo parecia uma feira, pelo menos de cá de fora, onde nos entretemos a fazer “peoplespotting”.
Começamos a fazer a Via Dolorosa ao contrário, sem percebermos. Mais uma vez as nossas recordações da catequese diziam que havia laguma coisa no Monte das Oliveiras a ver com a cruxificação, mas não sabiamos o quê. Afinal não tinha sido lá que Jesus tinha sido crucificado.

Não saimos da muralha e fomos ao Muro das Lamentações (http://en.wikipedia.org/wiki/Wailing_wall), o que resta dos 2 templos que foram construídos. Há planos para a sua reconstrução, mas ó quem lá esteve é que percebe porque é que isso é de loucos: (http://en.wikipedia.org/wiki/Third_Temple).
“Entrada no Temple Mount é proibida devido ao sagrado que é o sítio”, é o que se pode ver à entrada. Pensámos que tinha ficado definitivamente proibida a entrada, mas afinal era possível visitar o local umas 3 horas por dia. Infelizmente descobrimos isso tarde demais, na véspera de ir embora.

Vagueámos pelas ruas e encontrámos mais uma igreja super alta à qual não encontro referência na Wikipedia, mas é o ponto mais alto da cidade antiga. Subimos à torre e tirámos umas fotos.

Almoçámos no Papa Andrea, um restaurante com terraço, que já me pareceu baixinho depois de ter acabado de estar na torre da igreja, ao som das badaladas mais esquisitas da minha vida. Como diz o Pedro, sem ritmo, sem melodia e sem harmonia.Conhecemos um argentino a viver em Jerusalém, que nos quis tirar uma foto. Provámos vinho israelita e havia Tia Maria na lista!

À tarde fomos para o lado do Monte Zion, à igreja onde Maria morreu (http://en.wikipedia.org/wiki/Dormition_Church). Esta era a igreja mais simpática de toda a Israel, talvez porque não estava lá ninguém. Tinha uma roda do zodíaco desenhada em pedra no chão, com cada signo associado a um apóstolo. O meu (Capricórnio) era São Paulo.

Descemos o vale e subimos o Monte das Oliveiras, onde fomos ver o pôr do sol no miradouro. Nós e umas poucas dezenas de Colombianos, que cantávam e dançavam feitos loucos ao som de uma aparelhagem e colunas, com microfone e tudo. Assim que o sol se pôs, calaram-se e começaram a rezar. Mais uma vez o som do chamamento para rezar nas mesquitas envolvia o ambiente (na ideia do Pedro, a má vizinhança).

Passámos ainda na igreja no sítio onde Maria foi sepultada e no jardim onde nos querem convencer que está a oliveira original onde Judas se enforcou. Já era noite e estavam ambos fechados.

No regresso entrámos pela Lions' Gate ou St. Stephen's Gate e começamos a fazer a Via Dolorosa no sentido certo. Ouvimos algo que parecia um tiro, muito perto de nós, atrás. Parece que era mesmo, já que passou um grupo de uns 5 militares paressados por nós a ouvir instruções no rádio. Continuámos na direcção do hotel e ouvimos mais um tiro, este ainda mais perto. Queriamos perguntar o que se passara, se era normal... mas não tivemos lata.

Fomos para o hotel, mas não tinhamos dinheiro. Ainda tivemos que ir à cidade nova, fora das muralhas, levantar, e não era propriamente perto. Voltámos extenuados para o hotel, já só com forças para ir comer uma sandes, uma salada e um sumo de romã acabado de espremer ao bar da rua do hotel, onde já tinhamos ido. Estava tudo delicioso, como sempre.

Jerusalém é muuuuuuuuiiiiiiiiiiito cansativo!

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