domingo, 24 de outubro de 2010

Kanchanaburi

Chegámos no dia 4 de Outubro a Bangkok, com hotel reservado em Kanchanaburi, a 2 horas de comboio.

Assim que chegámos ao aeroporto fomos ao tourist information ver qual a melhor maneira de ir para a estação. Lá nos explicaram que o melhor era ir de comboio até ao centro da cidade e depois apanhar um taxi.

Assim fizémos e, por uma unha negra, apanhamos o comboio mesmo a horas. 3a classe com ventoinhas pelo caminho de ferro construído na 2a guerra mundial por presos maioritariamente ingleses e americanos, resultado da rendição de Singapura aos japoneses. 300 e tal km construidos em menos de 2 anos, para ligar Bangkok à na altura capital da Burma, Rangoon.

Demorámos um pouco mais, quase meio dia a chegar, porque a linha de caminho de ferro estava inundada e tivémos que sair numa cidade para apanhar um autocarro, mas ainda tivemos que perceber onde é que se apanhava.

Toda Kanchanaburi e arredores se baseia na construção da linha de caminho de ferro, com museus, sítios a visitar, locomotivas a vapor e pontes a ver, entre as quais a "Ponte sobre o rio Kwai" muito famosa graças ao filme. Há umas 600 pontes nesta linha de caminho de ferro, a maioria feitas em madeira, só 7 em aço.

Há ainda a ver e experimentar as nascentes de água quente, não surpreendentemente descobertas pelos japoneses, tigres e elefantes (que nós não vimos) e cascatas.

As massagens tailandesas também começaram a ser experimentadas aqui por nós na sua vertente com óleo e foi mto fixe!

O regresso foi de autocarro, directo ao centro de Bangkok, para apanhar de novo o comboinho para o aeroporto, que ficámos a conhecer tão bem, desta vez rumo a Singapura!

A grande e estonteante viagem de 2010

A grande e estonteante viagem de 2010 começou com a procura de um voo para um destino perto de Singapura que não fosse caríssimo. Porquê Singapura? Porque tínhamos lá amigos, uma excelente desculpa para um passeio ao outro lado do mundo. E assim, lá fomos para Bangkok, capital da Tailândia, no dia 3 de Outubro.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ski na Bulgária

Normalmente não posto nada sobre estas viagens mais... aquilo que se pode considerar de "normais". Mas pensando bem, quem e que se lembra de ir esquiar para a Bulgária? Só mesmo nós!

3 de nós já tinham estado na Bulgária há 13 anos atrás. A miséria nessa altura era chocante para as nossas consciências de 20 aninhos... E esperávamos que a Madame Dimitrova que nos alugou um quartinho em Sófia dessa vez pudesse agora comer mais do que 1 pimento e o nosso leite estragado por dia.

E foi assim que decidimos ir para Bansko.

Lá nos decidimos por comprar a viagem de avião na easyjet. As 4 viagens, na verdade: Lisboa-Milão, Milão-Sofia, Sofia-Milão e Milão-Lisboa custaram 160 euros, no total, por pessoa.

Quanto ao alojamento, primeiro reservamos no http://www.booking.com num aparthotel em que se podia cancelar a reserva quase na véspera. Chamava-se Mont Blanc e custava 511 euros por um apartamento com 3 quartos para até 8 pessoas (preço total por 7 noites). No entanto, depois de alguma insistência nossa no site oficial do ski na Bulgária (www.bulgariaski.com), lá nos conseguiram dizer que o mesmo apartamento com 3 quartos no aparthotel Mont Blanc custava apenas 360 euros para as mesmas 7 noites. E não, não estou a falar do preço por pessoa. O aparthotel tinha um mini spa com sauna, banho turco e jakuzi que custava mais 6 euros por dia por pessoa. Reservámos 1dia.

Ainda era preciso ir de Sofia para Bansko. Então reservámos um fantástico transfer aqui: http://www.motoroads.com/airport-hotel-transfers.html que nos custou 166 euros no total, ida e volta, numa carrinha com 8 lugares. Eramos 7, ficou a 23 euros por pessoa.

Como tivémos que passar umas horas da noite em Milão, resolvemos reservar também um hostel, 15 euros a cada 1 em quartos de 4, com direito a transfer de e para o aeroporto de Malpensa (http://www.hostelworld.com/hosteldetails.php/Malpensa-House/Malpensa/6625).

E esta foi a parte das reservas. Esperávamos que tudo corresse bem. Há 13 anos atrás não tinha sido fácil comunicar em Sofia, não tinha sido fácil encontrar comida, não tinha sido nada fácil a não ser apanhar um comboio para longe dalí. O que nos esperaria?

Chegámos a Milão e, como combinado, ligámos ao nosso hostel. Vieram-nos buscar em 5 minutos! Não tinhamos jantado e em Itália era mais 1 hora, eram quase 23. Perguntámos se havia algum restaurante ou take away nas redondezas. Ligaram para um restaurante e uma carrinha em 5 minutos foi-nos buscar ao hostel e levar-nos ao restaurante. Comemos umas pizzas e vieram-nos trazer outra vez ao hostel para umas 4 horas de sono. Às 6 da manhã lá voltámos para o aeroporto para apanhar o voo pra Sofia. Chegámos a Sofia e lá estava o nosso transfer, com uma plaquinha com o meu nome! Fomos para a nossa mercedes vito de 9 lugares e 3 horas depois chegaríamos a Bansko, direitinhos ao Mont Blanc. Ainda parámos numa estação de serviço para almoço. O motorista não falava quase nada que não fosse Búlgaro mas sabia umas palavras e foi divertida a comunicação. Especialmente porque até a comunicação corporal é diferente. Abanar a cabeça a cabeça para cima e para baixo é "não" e para os lados é "sim". E em búlgaro, "curva" é uma senhora das que costumam estar nas curvas, se é que me entendem. Enfim, uma animação! Fomos a cantar as músicas dos anos 80/90 que o sr. motorista tinha num CD. Foi muito animado!

Chegámos a Bansko e amámos o nosso apartamento. Para quem está habituado a apartamentos da Serra Nevada ou Andorra, minúsculos, com beliches nas arrecadações e com a loiça e o exaustor a pingar gordura, era um verdadeiro luxo. Tinha 3 bons quartos, 3 WC, 2 termoacumuladores de 120 litros, uma sala enorme com um sofá cama, 1 sofá pequeno, 3 puffs, mesa grande no meio, lareira e kitchnet excelentemente equipada (microondas, kettle, frigorífico, forno, placa, loiças).

Fomos reconhecer o local, alugar equipamento e comprar os forfaits. Alugámos equipamentos de ski completos por 7 dias por 50 euros na Fisher. Não eram do melhor, mas, lá está, comparados com Andorra e Serra Nevada nos sítios mais baratos eram ao mesmo nível.

O forfait sai mais ou menos a 25 euros por dia, com 1 euro de desconto por cada dia a mais do que o primeiro, mais ou menos.

Comprámos umas coisinhas pró pequeno almoço num dos muitos supermercados abastecidos com tudo o essencial.

Jantámos num restaurante mesmo ao lado do Mont Blanc, o Torito (aliás, jantámos lá diversas vezes). Era muito bom e ficava mais ou menos por 10 euros por pessoa por um manjar com tudo a que tinhamos direito: sopa, entradas, prato, bebidas (aguas para espanto da sra.) e sobremesas violentas.

No dia seguinte, com a pica toda, lá fomos pró ski. Nevava bastante. Mas o piro foram 2 horas na fila para subir nas primeiras cadeirinhas... Com o entusiasmo não foi desesperante, mas eu evitei as filas nos dias seguintes indo para as pistas so as 10:30. Os meus amigos mais rijos iam logo de manhã, alguns dias mesmo à hora de abertura, que era as 9:30. Era o único senão de Bansko, essa espera.

Lá em cima, a estância é optima, neve de excelente qualidade, muto bem cuidada, com tudo o necessário. Os meios mecânicos são novos e rápidos e nunca se esperava muito nas filas. São 70 km de pistas, que muitas têm mais de 5 ou 10 km. É excelente porque depois de passar 10 minutos numa cadeirinha a subir, podia-se descer durante 1 hora à vontade. Confesso que para mim às vezes era doloroso descer devagar porque os entre os -6º e os -16º faziam-se sentir quando arrefeciamos ou ainda não estávamos quentes, no meu caso, especialmente nos pés e mãos. O corpo com 4 camadas e gorro (muito importante!!! nunca tinha esquiado com gorro antes, graças à minha arta cabeleira e ali era essencial) estava perfeito.

Para almocinho nas pistas, recomenda-se a Pita Shoarma lá pra cima, por 3,5 euros, e o chá ou vinho com mel para aquecer as mãos e o corpinho.

Em resumo, Banso é uma estância muito agradável, mas talvez um pouco pequena para os mais avançados.

Os dias passaram entre o ski, os jantares no Torito e pouco mais. No último dia ainda passeámos por Bansko à tarde porque estava muito vento e frio lá em cima. Andámos pelas lojas de antiguidades e pela igreja, que descobrimos quando fomos comprar postais.

Uma semana muito bem passada!