Começa-se a apreciar a viagem quando se começa a reparar mais nas semelhanças do que nas diferenças
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Belém para acabar em beleza no oitavo dia
Começamos por perguntar ao dono do hotel como ir para Belém. Ele explicou-nos e parecia fácil. Mas deixou um ar enigmático no ar quando lhe perguntámos: “É fácil, não é?” E ele respondeu: “Depois dizem-me voces como foi”.
Consitia em apanhar um autocarro árabe na Damascus Gate (já lá tinhamos estado à noite no primeiro dia) até à fronteira, atravessar a fronteira e apanhar um taxi para fazer os restantes 2 km.
Assim fizémos. O autocarro correu bem. A fronteira era o muito falado “security fence” (http://www.securityfence.mod.gov.il/Pages/ENG/default.htm , http://www.pbase.com/yalop/fence )
que eu esperava ver na ida para o Mar Morto. Parece que, estrategicamente, aí ainda não está construído ou então agora essa zona é toda de Israel, não sei, não percebi.
Passámos no local das últimas 3 fotos deste site: http://www.securityfence.mod.gov.il/Pages/ENG/Humanitarian.htm, onde obviamente não se podia fotografar.
Do lado de lá, o Pedro mostrou os seus dotes de regateio e conseguimos a proeza de só pagar o dobro do que os taxistas consideravam mínimo para fazer o percurso de 2km. Pagámos 2 euros...
Descobrimos que era menos 1 hora do que em Israel, apesar dos relógios não indicarem expressamente as horas de Israel. Tudo era diferente, a língua, os carros, os polícias...
A visita a Belém foi, e ao contrário de Jerusalém, calminha, sem stress. Nada de interrogatórios, nada de vendedores frenéticos, muito menos turistas... Mas ainda assim demos com o primeiro grupo de velhotes portugueses! O guia deles era um suposto guia português, mas falava espanhol tentanto imitar por momentos o sotaque portugues mas muito mal. Estavamos na Igreja da Natividade (http://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_the_Nativity). Passeámos pelas ruas super calmas (domingo de ramadão), nomeadamente na rua dos Salesianos, a que o Pedro achou piada. Almoçámos no único restaurante aberto (para turistas). Queriamos mandar uns postais, mas os correios estavam fechados.
Ainda vimos a Milk Grotto, que não tem entrada na wikipedia, o que é pena. É supostametnte um local onde Maria terá amamentado Jesus, tendo-lhe caído uma gota de leite numa pedra. Desde então deram-se aí milagres e agora tem lá uma igrena em cima.
A impressão que fica de Belém é de um sítio calmo e pacífico, mas um detalhe quebra essa sensação: os cartazes colados, com 4 homens armados com ar aguerrido, por todas as portas fechadas.
Voltámos a Jerusalém, onde aínda fomos dar uma volta pelo muro das lamentações e ouvimos mais um tiroteio. Afinal parece que é normal.
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