segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mar Morto no sexto dia








O dia seguinte, segundo o horário dos autocarros que vimos na net, era o único que permitia a ida e volta de autocarro ao Mar Morto (http://en.wikipedia.org/wiki/Dead_sea). Em grande stress lá conseguimos apanhar ao autocarro.

Pensámos que o autocarro ia demorar umas duas horas a chegar porque iria por Israel. Mas não. Entrámos pela primeira vez na Cisjordânia, passeando-nos de autocarro público, sem que ninguém nos dissesse rigorosamente nada, pedisse passaportes ou fizesse parar em qualquer espécie de fronteira. Era esquisito, como podia ser? Estavamos para lá da “linha”, pelo nosso mapa! E ainda por cima num autocarro israelita! Nada nos identificava como turistas, não queriamos ser confundidos! Que nos iria acontecer?!

A paisagem tinha mudado radicalmente. Passámos Jericó, que avistámos da estrada. Passámos o nível médio das águas do mar dentro de um autocarro! Eu sabia que era abaixo, mas não pensei que fosse tanto! Vimos camelos, montanhas, praias de sal, hoteis em oásis e tudo o que uma paisagem desértica tem direito e a Jordânia do outro lado do mar, incrivelmente perto!

Pedimos para sair na praia em Ein Gedi, mas saímos no SPA, onde se tinha que pagar, felizmente só uns 12 euros, para entrar. Foi um dia bem passado, a boiar no mar, a esfregar lama e a rebolar na piscina de água doce. A praia tinha uma coisa maravilhosa, que era torneiras de água doce flutuantes dentro do mar morto. Digamos que não é agradável molhar uma pontinha dos lábios ou dos olhos com água do Mar Morto.
Segundo dizem, tem muitos mais minerais que qualquer outro mar, incluindo alguns minerais que têm características calmantes ou que curam doenças, inclusivamente psoríase. A água estava entre os 37 e os 40ºC, a sensação era muito agradável. Recomendo vivamente.

Tivémos que voltar no último autocarro ao início da tarde. Fora estava um calor abrasador mas maravilhoso. Acho que só não apanhámos uma insolação porque alí o nível de UVs é muito baixo. Imagino que mais 420 metos de atmosfera que o normal junto ao mar contribua muito para isso. Outra coisa óptima é que mesmo com aquele calor, era muito fácil respirar e inclusivamente correr (dei lá uma corridinha), que eu suponho que seja pelo mesmo motivo.

E pronto, não nos aconteceu nada. O autocarro ainda parou 15 minutos num restaurante de beira de estrada. Chegámos inteiros a Jerusalém, sem passar em nenhuma fronteira, mais uma vez.

Sem comentários: