terça-feira, 17 de julho de 2007

Madrid

Só agora um post sobre Madrid… Essa cidade que já me fascinou por 3 vezes no espaço de 6 meses.

A oportunidade de ir lá pela primeira vez surgiu em Outubro do ano passado, quando um amigo estava lá a trabalhar e oferecia alojamento e companhia para o fim de semana. A Vueling fez o resto com os seus voos a preços light e aí fui eu. Alguns tempos depois, decidi 2 horas antes do voo que iria outra vez, já que estava lá um monte de pessoal amigo. A 3ª vez fui aproveitar uma promoção da Vueling com voos a 0 euros. Eles definitivamente sabem como me hão-de tentar!

Num sábado de manhã provámos que é possível e agradável ir a pé desde Cuidad Lineal até ao centro. A Calle de Alcalá leva-nos ao centro, com umas paragens estratégicas para comer, ver montras e apreciar um contínuo de cidade feita para pessoas. A M30, uma as circulares a Madrid, quase não se percebe no caminho. A cidade continua por cima e a auto-estrada atravessa por baixo. As ruas têm o tamanho ideal, os edifícios também, o comércio aberto faz parecer que não estamos para lá do limite dos subúrbios.

No centro é tudo perto: palácio real, miradouros, jardins, praças… nada de especialmente fascinante, nenhum monumento emblemático… só a cidade que foi claramente feita para pessoas lá viverem. Madrid é uma cidade mesmo aconchegante.

É fascinante como a chuvinha molha parvos pode não ter o efeito de me pôr com uma neura de morte quando ando a conhecer uma cidade ordenada, luminosa e cheia de vida como foi neste caso. A chuvinha não nos demove a nós nem aos milhares de madrilenos que andavam para cá e para lá como se as suas vidas dependessem da charla e de bater perna. Simplesmente impressionante.

O fim do dia pode ser passado no museu Reina Sofia, que é simplesmente espectacular. Fecha às 21, hora a que qualquer museu em Portugal já estaria fechado pelo menos há 4 horas (sim, eu sei que alguns agora têm exposições abertas 24 horas por dia, mas são casos raros). O bilhete é gratuito aos fins-de-semana, o que mais uma vez me leva a pensar que foi feito para pessoas o visitarem.

As tapas e as cañas fazem um jantar óptimo em mais um qualquer sítio aconchegante. O resto da noite pode ser continuado a bater perna por aqui e por ali, a beber umas cañas ou mesmo um rioja aqui e ali. Pode-se ir aos churros com chocolate quente, o que faz sempre um bom aconchego numa noite gélida de -5ºC. As ruas estão cheias de gente em contínuo, dia e noite.

Os transportes públicos funcionam todo o dia e toda a noite, à noite com regularidade de 15 minutos, o que é impressionante por si só, mas o mais impressionante é irem cheios do centro para os subúrbios. O bilhete é único, para autocarros e metro, e custa 1 euro em bilhete simples e 6 euros para 10 viagens, o que dá a módica quantia de 60 cêntimos por viagem. Não admira que andem cheios.

Sem comentários: