terça-feira, 17 de julho de 2007

De Zagreb a Dubrovnic

Mais uma aventura começou precisamente em Zagreb, onde um voo com escala em Frankfurt e depois de um não longo dia de trabalho.

Fomos simpaticamente pickupados no aeroporto às tantas da noite por uma simpática pequena loirinha do hostel Carpe Diem, acabadinho de abrir. O hostel era novinho em folha, ainda a cheirar a madeira.

Como não tínhamos levado moeda local, a kuna (que significa a pele de um animal que era usada antigamente como moeda de troca lá para aqueles lados), resolvi ir ao Multibanco mais próximo levantar algum dinheiro para essa noite, para pagar o hostel e mais qualquer coisinha. Acontece que não tinha a mínima noção de quanto valia nem estava com a mínima cabeça para fazer contas e acabei por levantar apenas o equivalente a uns 20 euros, que obviamente não deram para nada.

Depois de largarmos a nossa tralha no hostel, resolvemos ir à procura de jantar. Não encontrámos logo o que comer, mas encontrámos rapidamente um bar com esplanada, que bem precisávamos dado o calor que estava. Boa música e o povo mais bonito que alguma vez vi na vida faziam aquilo parecer uma maravilha.

Ao fim da noite ainda nos livrámos de uma trovoada no caminho para o hostel, uma daquelas trovoadas de verão. Não chegou a chover por ali, mas estava a relampejar bastante.

No dia seguinte visitámos Zagreb. Andámos de tram (uma espécie de metro sul do Tejo, mas em mais antigo) e pela cidade em geral.



A cidade é simpática, com um ar algo comunista mas também bastante religioso. A catedral é monumental.

Ao fim do dia cometemos a loucura de nos metermos num autocarro para Dubrovnic, a muitos, muitos km dali, no outro extremo do país. 10 horas de viagem, ao princípio por autoestrada, depois por estrada de serra, depois ao longo do mar. Às 4:30 da manhã acordei com o nascer do sol (!) em Split, tendo achado, não sei se do sono ou da birra, que era possivelmente a cidade mais medonha que tinha visto. Os arredores, para sul, por onde fomos no autocarro, eram pavorosos, com pequenas moradias com quintal penduradas nas montanhas, sem estradas para lá, apenas umas escadarias, possivelmente mesmo sem água nem luz, ou pelo menos não se viam cabos pendurados e duvido que os tivessem feito em vala (maldito defeito profissional). Felizmente uns minutos mais tarde adormeci, possivelmente para me poupar de ver qualquer coisa que se assemelhava àquele caminho por terras que eu não sei o nome ao longo da CREL.



Voltei a acordar mais tarde, já com uma paisagem muito mais simpática. Algum tempo depois atravessámos a fronteira com a Bósnia, apesar de apenas ter notado a parte em que saí da Croácia e em que voltei a entrar na Croácia. Na Bósnia não havia posto fronteiriço e apenas havia 1 ou duas pequenas localidades, com 2 ou 3 cafés e lojas de beira de estrada… O guarda da fronteira de entrada na Croácia disse-me “obrigado” quando me entregou o passaporte de volta, com um sorrisinho encantador, ou então era eu que estava meia ensonada… Acho que não, ele disse mesmo “obrigado”.

A paisagem junto ao mar é muito semelhante à serra da Arrábida: rocha calcária branca e vegetação rasteira. Não podiam faltar os vendedores de melancia, melão e mel à beira da estrada para me fazer pensar por momentos que não estava a uns 5000 km de casa.

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