Depois de 6 meses numa empresa (portuguesa a trabalhar em Angola) miserável que me fez todos, um por um, dos meus cabelos brancos, vim-me embora orgulhosamente, recusando uma boa posição de directora de área. Talvez 1 mês antes vi o seguinte anúncio:
A CIC-Portugal – Associação para a Cooperação, Intercâmbio e Cultura, ONGD Portuguesa, pretende recrutar para um Projecto de Reabilitação de Sistema de Abastecimento Água, a decorrer na Província do Huambo – Angola, um coordenador de projecto com o seguinte perfil:Requisitos:- Licenciatura ou Engenharia Civil ou Engenharia de Recursos Hídricos.- Especialização e/ ou experiência em Hidráulica- Experiência de trabalho em países em desenvolvimento, preferencialmente em Angola.- Experiência de formação profissional. Principais funções:- Coordenação de todas as actividades do Projecto- Responsável pela reabilitação de toda a rede de abastecimento de água potável ao Município.- Organização e formação dos serviços comunitários da Administração Municipal.- Formação e capacitação dos recursos humanos da Administração Municipal para a manutenção destas estruturas e sua rentabilização. Condições:- Contrato de Missão Humanitária por um período de 4 meses (Julho a Outubro de 2004);- Remuneração compatível com o grau de exigência do projecto;- Viagem Lisboa-Luanda-Lisboa;- Seguro de acidentes pessoais;- Alojamento e transportes locais.
Era a minha cara! Concorri, fui a uma entrevista que me correu lindamente e que acabou em “Quando é que pode vir cá trazer o passaporte para tratar do visto?”
Não passaram 2 semanas e já estava de novo em Angola, depois de 2 dias inteirinhos na embaixada de Angola em Portugal. Tinha consciência que ia ser difícil ir para o Huambo, ainda mais para um município perdido. Mas fui na mesma!
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